Sou Bruno Maffei, influenciador digital, e esta é a história que nunca quis contar, mas que se tornou impossível de silenciar. Fui vítima de uma campanha implacável de destruição de imagem, iniciada como vingança pessoal de um ex-namorado. Ele, então diretor da Rede Globo, usou sua posição para manipular a narrativa pública e transformar mentiras em verdades aceitas. Foi assim que surgiu o que eu chamo de “Síndrome da Realidade Construída”, onde fatos foram distorcidos e manipulados para atender a interesses pessoais, resultando em uma perseguição social e legal que quase destruiu minha vida.
Viver essa experiência devastadora me forçou a encarar as profundas anomalias e falhas do nosso sistema judicial. A justiça, que deveria ser um pilar de imparcialidade e proteção, foi utilizada como uma ferramenta para atender interesses mesquinhos, enquanto a verdade foi distorcida e suprimida. As barreiras impostas pela autoridade inquestionável do sistema me fizeram questionar se ainda faz sentido continuar a nos submeter a uma estrutura que não permite diálogo ou contestação.
Ao longo desses anos, pude ter uma vaga ideia de como é se sentir marginalizado socialmente e o quanto isso é devastador para a autoestima. Essa nova visão me trouxe uma profunda empatia e a consciência de que é essencial trabalhar para acelerar o desenvolvimento da “minoria”—que, na verdade, representa a grande maioria da população e que diariamente tem seus direitos humanos violados.
Estou também finalizando meus estudos em Política Internacional de Direitos Humanos, através de um curso que me foi oferecido pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH). Com esse conhecimento, estarei lutando para que os acordos entre o Estado Brasileiro e a corte sejam cumpridos. No meu pedido de reparação ao Estado, deixei claro que o valor monetário deverá ser direcionado para a criação de uma instituição focada no exercício dos direitos humanos.
A imparcialidade não é uma característica humana, e, ao longo desse processo, ficou claro que o respeito à autoridade muitas vezes significa submissão cega a uma opressão silenciosa. Não podemos mais aceitar que aqueles em cargos públicos—que deveriam ser defensores dos direitos humanos—perpetuem um sistema de valores invertido, onde o poder se sobrepõe à verdade e à justiça
Diante dessa realidade distorcida, surgiu em mim uma necessidade urgente de compartilhar minha história, de provocar reflexões e questionamentos sobre o sistema que aceitamos como justo. Este espaço foi criado com o objetivo de trazer à tona histórias como a minha e de criar um ambiente onde temas considerados intocáveis possam ser discutidos abertamente, sem medo de punição ou retaliação.
É um chamado à ação, um convite para que todos questionem o status quo e busquem uma justiça que verdadeiramente sirva ao povo. Este espaço é para aqueles que se recusam a aceitar que o poder deva silenciar a verdade.
Após dois anos de preparação minuciosa do caso, consegui apresentar uma denúncia junto à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), denunciando o Estado Brasileiro pelas violações cometidas contra mim. Somente em 6 de junho de 2024 recebi a confirmação do aceite da denúncia. Nos próximos meses, o Estado Brasileiro deverá se posicionar e apresentar uma solução de resolução amistosa. Caso não seja possível chegar a um acordo, o Brasil será enviado à Corte Interamericana de Direitos Humanos como réu. Até hoje, historicamente, tivemos apenas nove casos brasileiros na corte.
No entanto, quero deixar claro que não estou me gabando por esse “feito”. Se fosse uma escolha, jamais teria optado por esse caminho. Minha vida parou em 2017, e nada poderá reparar os danos sofridos: minha vida social, meu casamento e os anos longe do trabalho. Encontrar esse caminho foi extremamente difícil, cheio de obstáculos e sem qualquer sinalização. Meu propósito agora é sinalizar esse caminho para outros, para que mais pessoas possam reivindicar seus direitos humanos e lutar contra as injustiças que enfrentam.
Este site não é apenas um espaço para expor as verdades ocultas e desafiar a opressão sistêmica; é também um ponto de encontro para todos aqueles que se sentem silenciados, injustiçados ou isolados. Aqui, acreditamos no poder da união e da solidariedade. Juntos, podemos construir uma comunidade de resistência, onde cada voz importa e cada história conta. Nosso objetivo é apoiar uns aos outros, compartilhar conhecimentos e, acima de tudo, criar um movimento que exija transparência, justiça e dignidade para todos.